Estado
Ao longo da primeira década de existência da escola, os mais significativos apoios ao projecto independente do Ar.Co provêm do Estado e da Fundação Calouste Gulbenkian. No que toca aos apoios estatais, os mais importantes e sistemáticos chegam praticamente todos, até à década de 90, por via da Cultura (sejam eles concedidos em nome da Secretaria de Estado da Cultura ou da Direcção Geral da Acção Cultural). Em 1997 o Ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo, faz uma visita à escola que se transforma numa verdadeira sessão de trabalho: é analisado e discutido o estatuto de independência do Ar.Co e as suas razões para o querer manter, os aspectos de “serviço público” inerentes a este singular projecto de formação, a actividade de divulgação e experimentação que a escola realiza, a longevidade da associação, a sua capacidade de gestão, etc. Nesse mesmo ano, o Ministério da Educação concede à escola um subsídio de 1.500.00$00 (mil e quinhentos contos) e na cerimónia oficial comemorativa dos Vinte Cinco Anos, em Novembro de 1998, o Ar.Co assina pela primeira vez com esse Ministério um protocolo garantindo um apoio à escola durante um período de 3 anos. Em 2004 é assinado um mais amplo protocolo de colaboração entre o Ar.Co e os Ministérios da Educação, da Ciência e do Ensino Superior, da Cultura e da Segurança Social e do Trabalho (um acordo específico é assinado com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, que se responsabiliza pela regulamentação e efectivação dos apoios vindos do lado do Trabalho). Nos considerandos preliminares do protocolo em causa pode ler-se que o Estado leva em conta: “o papel do Ar.Co na promoção e divulgação das artes plásticas, artesanias e disciplinas de comunicação visual, bem como os elevados níveis de eficácia demonstrados em termos de capacidade competitiva e de inovação do seu projecto educativo e formativo, reconhecidos pelo apoio dado por importantes sociedades e fundações privadas”, bem como “a versatilidade e a abrangência do referido projecto educativo e formativo, em termos de proporcionar aos mais diversos tipos de públicos e grupos etários, quer uma formação especializada e profissionalizante, quer uma formação orientada para a reciclagem de aptidões, quer ainda uma sensibilização e uma terapêutica adequadas”. O mesmo documento menciona ainda “o papel pioneiro do Ar.Co como entidade formadora em áreas de produção autoral, pouco divulgadas no nosso País (...), bem como a persistência e eficácia na promoção dessas áreas” e também o facto do Estado não poder “deixar de reconhecer, estimular e apoiar as experiências e projectos pedagógicos, educativos e formativos, de qualidade e inovadores, bem como as formações alternativas que valorizem as aptidões individuais, promovam o despontar de vocações e contribuam para o desenvolvimento das artes plásticas e de comunicação e para a preservação e desenvolvimento do knowhow técnico nessas mesmas áreas, relevantes para os objectivos nacionais das políticas da Educação, da Ciência, da Cultura e do Trabalho”. Em Dezembro de 2009, “considerando os resultados altamente positivos alcançados” é celebrado novo protocolo de colaboração por 5 anos entre o Ar.Co e os Ministérios da Educação, do Trabalho e da Solidariedade Social, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Cultura. Em Julho de 2015, o protocolo é renovado, por um prazo de 3 anos, com a Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Educação e Ciência e o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.
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Cerimónia oficial comemorativa dos 25 Anos do Ar.Co, 1998. Eduardo Marçal Grilo (Ministro da Educação).
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Cerimónia comemorativa dos 25 Anos do Ar.Co, 1998. Assinatura do Protocolo entre o Ar.Co e o Ministério da Educação. Eduardo Marçal Grilo (Ministro da Educação) e Manuel Castro Caldas (Director do Ar.Co).